Josenilson Leite - Poeta de Garanhuns
Poemas da Vida, Palavras do Coração
Textos
A IGREJA DO BONFIM

Templo católico da Sagrada Colina
Pelo sincretismo da região
Monumento de fé do povo baiano
Tem o ponto máximo da religião.

A imagem do Senhor do Bonfim
Na Bahia chegaria
Através do Capitão de mar e guerra
Theodózio Rodrigues de Faria.

Quando estava em alto mar
Sofreu grande tempestade
Prometeu que se sobrevivesse
Traria pra cá a imagem.

A promessa assim foi feita
E o melhor aconteceu
O Capitão de Mar e Guerra
Na tempestade sobreviveu.

Em 1745
A 18 de abril
Uma réplica da imagem
Foi trazida ao Brasil.

Theodózio Rodrigues de Faria
Trouxe lá de Setúbal
Terra que ele adorava
Por ser sua terra natal.

No ano de 1754
Com o término da construção
O templo do Senhor do Bonfim
Passou a ser o guardião
Daquela bela imagem
Após uma procissão.

Fizeram uma missa solene
Para sua recepção
Rezada com muita fé
E com muita devoção.

Não tinha eletricidade
Foi na luz de lampião
Em junho de 1862
Colocaram à disposição
Lâmpadas de gás carbônico
Que gerou iluminação.

Depois do Dia de Reis
A igreja foi lavada
Pela irmandade dos devotos
Usando mão de obra escrava
Pra lavar toda igreja
Até o fim da escada
E na festa do Senhor do Bonfim
Ela estar preparada.

Os adeptos do candomblé
Passaram a identificar
O Nosso Senhor do Bonfim
Como sendo Oxalá.

A Arquidiocese de Salvador
A lavagem interna proibiu
E para o adro e as escadarias
O ritual transferiu.

Com os cânticos africanos
Assim segue o ritual
As baianas vão lavando
O adro e os degraus
E ano a ano repetindo
O ato tradicional.
 
Josenilson Leite Poeta de Garanhuns
Enviado por Josenilson Leite Poeta de Garanhuns em 09/10/2016
Alterado em 09/10/2016
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